16 - A Floresta da Meia-Noite
Diogo iniciou a sua corrida pela floresta. Seguido por todos os outros treinadores, desceu a encosta do penhasco em direcção à extensa massa de árvores. Assim que atravessou a linha das copas das árvores, ficou sozinho.
O jovem humano e o seu pokémon aterraram no solo da floresta com suavidade, graças à grande quantidade de erva que crescia naquele local. O ambiente era pesado e quase claustrofóbico. Contemplando a paisagem, Diogo constatou ser fácil perder a direcção, visto todas as árvores parecerem iguais e serem tão altas que não lhe era possível ver o céu. A sua mente foi invadida por informações sobre a floresta, provenientes dos conhecimentos de Arceus. Era a Floresta da Meia-Noite, uma floresta enorme que era invadida por um silêncio assombroso depois do anoitecer.
- GHAAA! – Diogo virou-se, sobressaltado, pronto para resistir a um ataque inimigo, apenas para descobrir um Hoothoot observando-o atentamente, curioso com uma criatura tão estranha.
- Uff… é só um Hoothoot… ‘Bora lá Luxio! Não podemos perder tempo! Se não apanharmos uma esfera nunca mais nos vamos ver!
- Lux… - o pokémon acenou, compreendendo a gravidade da situação.
Ambos começaram a correr. Ao início, não corriam com uma direcção específica em mente, mas ao fim de algum tempo o coração do rapaz reagiu a algo que lhe fez mudar a direcção da sua corrida. Era uma esfera celestial com certeza! O espírito aventureiro de Diogo acendeu-se.
À medida que Diogo corria com o pokémon eléctrico ao seu lado, as árvores tornavam-se mais rarefeitas, apesar da floresta continuar algo densa. A certa altura, Diogo deparou-se com um rochedo com um buraco escavado. Era uma gruta… ou melhor, uma toca…
- Lux! – o pokémon preparava-se para mergulhar no interior da caverna quando Diogo estendeu a mão.
- Espera, parceiro! Deixa-me ver uma coisa antes! – fazendo uso do raciocínio veloz que possuía, atirou uma pedra na direcção da gruta. O projéctil ecoou… e nada aconteceu… - OK. Agora podemos ir. Se encontrássemos um pokémon no interior da gruta e tivéssemos de lutar lá dentro estaríamos em sarilhos!
Felizmente, a gruta não era muito grande, e ambos conseguiram atravessá-la em ser necessário Luxio gerar luz com a sua electricidade. Após alguns passos, atingiram o seu fim. No chão estava uma orbe brilhante. Diogo inclinou-se para apanhá-la quando um cheiro intenso lhe assolou o nariz.
- O que é isto?! – observou o chão com atenção. Várias folhas estavam dispostas no chão, formando uma cama – Oh não! Estamos no covil de um pokémon! Vamos fugir antes que sejamos apanhados, Luxio!
Ambos correram rapidamente para a saída. O ar frio da noite foi um regalo! Estavam a salvo… ou pelo menos assim pensavam…
- GRAAAAAAA!
Um enorme Ursaring dirigia-se na direcção dos dois parceiros com ar ameaçador.
Rápido Luxio! Usa a Faísca antes que ele te possa atingir!
O pokémon adversário, que preparava um ataque de Garras Furiosas, foi interrompido pelo ataque eléctrico de Luxio. Diogo tentou fugir com o seu pokémon, mas seria demasiado fácil. Libertando-se da electricidade, Ursaring começou a correr rapidamente, investindo contra Luxio novamente. Luxio não se conseguiu desviar e foi atingido.
- Luxio! Não temos tempo a perder! Temos que fugir agora!
- Lux! – o pokémon faísca teve uma ideia. Enchendo os seus pulmões, soltou o Rugido mais forte que conseguiu! – LLUUUUUUUUUXXXXX!!!!
O Ursaring inimigo foi surpreendido pelo ataque surpresa de Luxio, e recuou, deixando o caminho livre para a fuga de Luxio e Diogo.
Ambos começaram a correr para longe.
- Até não foi muito difícil…- pensou Diogo. O rapaz tirara conclusões precipitadas…
- AAAAAAAAAHHHHH! – Um grito vibrou por entre as árvores da floresta e parou Diogo num instante. O bloqueou por segundos… Era a voz de Ana…
Sem comentários:
Enviar um comentário